As Origens da Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto, mais recente livro de Edgard Leite.

As Origens da Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto surgiu de dois cursos ministrados pelo autor no Centro de História e Cultura Judaica.

O livro conta a história da elaboração dos textos bíblicos - a partir dos mais recentes estudos acadêmicos e de um criterioso estudo das fontes. Edgard Leite analisa o desenvolvimento da literatura bíblica no período do segundo templo de Jerusalém, entre 516 a.e.c. e 70 e.c., discutindo como gradualmente foi sendo configurado a forma final do texto que hoje denominamos de Bíblia. O autor discute as múltiplas influências, internas e externas, políticas e religiosas, que atuaram na sua gênese e o papel das divergências teológicas na construção de um texto que, emergindo dos problemas e ansiedades de um único povo, alcançou dimensões universais.

O objetivo do livro é estabelecer os elos entre o desenvolvimento histórico do judaísmo, no período do segundo templo de Jerusalém, e a gênese das versões finais dos diferentes textos bíblicos. Edgard Leite pretende demonstrar que o objetivo dos redatores da Bíblia era situar o povo judeu da sua época diante de duas dimensões: a realidade social e política na qual estava inserido e o desconhecido e invisível que o cercava.

A grandeza desses autores bíblicos está na profundidade com que construíram uma teoria sobre o visível e o invisível capaz de transcender o momento e o seu mundo.

Sumário de As Origens da Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto:

Capítulo 1 . O discurso religioso.
Capítulo 2 . A Bíblia e sua densidade histórica.
Capítulo 3 . O livro de Josias.
Capítulo 4 . Um livro para o Estado e para os homens.
Capítulo 5 . Ezequiel e o clã dos filhos de Zadok.
Capítulo 6 . O projeto zadokita.
Capítulo 7 . A ruptura samaritana.
Capítulo 8 . O Livro de Enoc.
Capítulo 9 . A literatura sapiencial.
Capítulo 10 . A literatura profética: do onírico ao concreto.
Capítulo 11 . A literatura apocalíptica e Daniel.
Capítulo 12 . A Septuaginta.
Capítulo 13 . Os macabeus e a deposição dos “filhos de Zadok”.
Capítulo 14 . A biblioteca de Jerusalém e os hasmoneus.
Capítulo 15 . A política hasmonéia e o colapso do segundo templo.
Capítulo 16 . Qumran e a natureza histórica da Bíblia .
Capítulo 17 . Textos apocalípticos em Qumran.
Capítulo 18 . O Livro dos Jubileus e o Rolo do Templo.
Capítulo 19 . Textos bíblicos em Qumran.
Capítulo 20 . O rabi Akhiva e o “sagrado dos sagrados”.